Conheça os primeiros sinais e quando desconfiar do problema
O número de pessoas vivendo com HIV/Aids aumentou de 30 milhões para 35,3 milhões entre 2001 e 2012, segundo a Unaids - agência da ONU para assuntos relacionados à doença. O problema é que os sintomas de HIV podem ser bastante silenciosos no início da doença. Dessa forma, o sexo seguro deve ser levado muito a sério e qualquer comportamento de risco deve ser acompanhado de perto. Além de fazer os exames de triagem pelo menos uma vez por ano, é necessário ficar atento a qualquer sintoma de HIV que apareça após uma possível exposição ao vírus. Confira os estágios da infecção por HIV e as particularidades dos sintomas de cada fase:
Infecção aguda
Após a transmissão do vírus, há um período de cerca de 10 dias, denominado de fase eclipseG, antes que o vírus seja detectável em exames de sangue. Durante esse tempo, o vírus é disseminado primeiro para os linfonodos - que ficam próximos ao pescoço - em número suficiente para estabelecer e manter a produção de vírus nestes tecidos. O HIV se replicando consegue então circular livremente pela corrente sanguínea, causando um pico de infecção viral por volta de três a seis semanas após a exposição.
Essa fase, chamada de infecção aguda, pode gerar uma resposta do sistema imunológico para combater a infecção, mas esta resposta já é tardia. Febre, mal-estar, indisposição, dor de cabeça e dor nas juntas são algumas das sensações mais comuns nesse período. Esses sintomas de HIV ocorrem porque o corpo tenta combater o vírus como uma infecção qualquer. Esse quadro não se complica e é autolimitado, ou seja, melhora sozinho. Quando os sintomas de HIV iniciais desaparecem, a pessoa pode passar anos sem dar qualquer sinal da doença.
Período assintomático
Essa fase é marcada pela forte interação das células de defesa com as constantes e rápidas mutações do vírus. No entanto, isso não gera sintomas de HIV, uma vez que o organismo não fica debilitado o suficiente para ser infectado com novas doenças. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Sintomática inicial
Com o frequente ataque, as células de defesa tem seu funcionamento prejudicado e começam a ser destruídas. Isso deixa o corpo cada vez mais vulnerável a doenças comuns, como gripe ou infecções. Essa fase, chamada de sintomática inicial, é marcada pela redução da quantidade de linfócitos T CD4 no sangue. Essas são as células de defesa do organismo ativadas para combater qualquer infecção, seja por vírus ou bactérias. Os linfócitos T do subtipo CD4 são alvo preferencial do vírus HIV, que as invade para se reproduzir dentro delas e acaba por matá-las.
Os linfócitos T CD4 podem ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue em pacientes HIV, enquanto os valores de referência variam entre 800 a 1.200 unidades. Quanto mais tempo a mulher passa sem o diagnóstico, maiores as chances de desenvolver sintomas. Os sintomas de infecção por HIV se manifestam geralmente dois a dez anos após a transmissão. Quando a mulher desenvolve os sintomas é sinal de que o vírus se replicou durante todo esse tempo e os linfócitos T CD4 começaram a diminuir. Nesse período, os sintomas da doença podem ser emagrecimento, fraqueza, anemia, manchas na pele, diarreia, erupções e feridas na pele.
É geralmente nessa fase que o diagnóstico da doença é feito, já que a pessoa começa a buscar a causa dos sintomas que está apresentando. O tratamento com antirretrovirais é iniciado, inibindo a multiplicação do HIV e aumentando o número de linfócitos, restaurando a imunidade.
Casos avançados
Se a doença não for tratada, o sistema imunológico fica tão comprometido que leva ao aparecimento das chamadas doenças oportunistas. O organismo saudável consegue combater essas infecções sem problemas, mas no paciente com HIV elas se tornam doenças recorrentes e mais graves.
Esse estágio avançado da infecção que é conhecido como Aids. Doenças como hepatites virais, pneumonia, toxoplasmose e tuberculose são comuns nessa fase. Nas mulheres, a baixa imunidade e doenças oportunistas podem também interferir no ciclo menstrual, pois o corpo entende que está havendo alguma dificuldade e corta funções menos vitais para se preservar, como a atividade reprodutiva.
O não tratamento da doença nesse estágio tende a piorar ainda mais o quadro, causando complicações graves que podem levar à morte. Dessa forma, é muito importante fazer os exames de triagem e diagnosticar a doença o quanto antes.
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