Confira os valores de referência desse exame e o que ele pode significar.
O que é?
Linfócitos são um dos diversos tipos de células de defesa do organismo e pertencem a um grupo de células chamadas de leucócitos ou glóbulos brancos. Essas células são produzidas na medula óssea e defendem o organismo contra doenças, infecções ou alergias. Os linfócitos, especificamente, costumam ser aumentados quando há alguma infecção e sua quantidade serve como um indicativo para diversas doenças, como gripe, alergia, toxoplasmose, rubéola, leucemia e até mesmo HIV. Normalmente o resultado dos linfócitos vem discriminado junto com os leucócitos no hemograma completo. Quando o médico desconfia que o paciente está com uma alguma infecção grave ou talvez uma doença autoimune, ele pode pedir o exame mais detalhado dos leucócitos, discriminando também o percentual de linfócitos dentro desse exame. Os linfócitos são divididos em duas categorias, os linfócitos B e T. Os primeiros atacam os antígenos, enquanto os segundos defendem o organismo quando suas próprias células de defesa são infectadas. Os linfócitos T englobam dois tipos, os CD4 e CD8. Eles têm um exame específico, já que normalmente são alterados quando a pessoa está com HIV, mas não só nesses casos.
Como a amostra é obtida para o exame?
O exame para verificar a quantidade de leucócitos no sangue é obtido através de um hemograma comum (exame de sangue).
Valores de referência
Normalmente os exames de contagem diferencial de leucócitos contam como resultado normal quando os linfócitos estão entre 20 e 40%. No entanto, é importante ressaltar que a quantidade normal de linfócitos e dos outros glóbulos brancos varia conforme idade e sexo da pessoa, também, alguns laboratórios podem utilizar formas de mensurar diferentes, fazendo com que os valores possam variar um pouco.
O que significam resultados anormais
Linfócitos aumentado
Exames com linfócitos aumentados, ou seja, acima de 40% da contagem de leucócitos, podem significar que o paciente está com alguma infecção bacteriana crônica ou infecção viral (como mononucleose, caxumba ou sarampo). Além disso, ela pode indicar problemas mais sérios como:
- Hepatite;
- Mieloma múltiplo - um tipo de câncer na medula óssea;
- Leucemia linfoide;
- Linfoma - um tipo de câncer que ocorre nos glóbulos brancos e começa nos nódulos linfáticos.
No entanto, é preciso a avaliação do médico e busca por outros sintomas para determinar exatamente o que o paciente com linfócitos aumentados tem.
Linfócitos baixos
Exames com linfócitos baixos, ou seja, abaixo de 20% da contagem de leucócitos, podem significar:
- Danos à medula óssea, que podem ser causados pela quimioterapia ou tratamentos com radiação
- Infecções como HIV, tuberculose ou hepatite
- Leucemia
- Infecções severas, como a sepse
- Alguma doença autoimune, como lúpus ou artrite reumatoide.
No entanto é preciso a avaliação do médico e busca por outros sintomas para determinar exatamente o que o paciente com linfócitos baixos tem.
Quando o exame é pedido
A contagem de leucócitos ou a contagem diferencial de leucócitos normalmente são pedidas como parte do hemograma (exame de sangue simples). Ele pode ser pedido para verificar o estado de saúde geral do paciente, para monitorar a recuperação de doenças, entre diversas outras razões.
Contraindicações
Não existem contraindicações expressas para o exame de linfócitos. No entanto, o médico pode dizer se você está apto a fazer o teste ou não.
Pré-requisitos para fazer o exame
Na maioria das vezes não é necessário ter nenhum preparo para fazer este exame. Contudo, antes de sua realização é importante informar os remédios que você faz uso regularmente, uma vez que algumas drogas podem alterar o resultado do exame. Como os leucócitos são colhidos durante o hemograma, caso o médico esteja tentando avaliar outras condições de saúde pode ser solicitado um período de jejum - que será informado pelo profissional.
Como é feito
O exame de contagem de leucócitos é feito durante o hemograma completo, que é realizado por um profissional de saúde em um hospital ou laboratório da seguinte forma:
Com o paciente sentado, é amarrado um elástico em volta do seu braço para interromper o fluxo de sangue. Isso faz com que as veias fiquem mais largas, ajudando o profissional a acertar uma delas.
O profissional faz a limpeza com álcool da área do braço a ser penetrada pela agulha.
A agulha é inserida na veia. Esse procedimento pode ser feito mais de uma vez, até que o profissional de saúde acerte a veia e consiga retirar o sangue.
O sangue coletado na seringa e colocado em um tubo.
O elástico é removido e uma gaze é colocada no local em que o profissional inseriu a agulha, para impedir qualquer sangramento. Ele ou ela pode fazer pressão sobre o local para estancar o sangue.
Uma bandagem é colocada no local..
Tempo de duração do exame
O hemograma completo, assim como a contagem dos leucócitos, leva poucos minutos para ser realizado. O resultado do exame será disponibilizado de acordo com os padrões do laboratório.
Recomendações pós-exame
Não há recomendações especiais após o exame. No entanto, se o paciente ficou em jejum por fazer o teste junto com outros, é indicado que o paciente se alimente após a coleta, antes de retomar suas atividades cotidianas.
Periodicidade do exame
A periodicidade do exame de linfócitos dependerá muito da indicação do médico e de que tipo de condição ele está monitorando.
Grávida pode fazer?
Não há contraindicações para a realização de linfócitos durante a gravidez, lembrando que a interpretação dos resultados só poderá ser feita pelo médico.
Possíveis complicações
Os riscos envolvidos na realização de um hemograma, e consequentemente da contagem de leucócitos e do exame de linfócitos, são raros. No máximo, pode haver um hematoma no local em que o sangue foi retirado. Em alguns casos, a veia pode ficar inchada após a amostra de sangue ser recolhida (flebite), o que pode ser revertido fazendo compressas mornas várias vezes ao dia.
Pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes ou têm problemas de coagulação podem apresentar um sangramento contínuo após a coleta. Nesses casos, é importante informar o profissional de saúde do problema antes da coleta.
Fonte: www.minhavida.com.br
Para melhorar sua experiência conosco, armazenamos cookies, ou seja, informações de navegação em nosso site. Para mais informações, leia nossa política de privacidade. Ver a Política de Privacidade